Nem me lembro quando foi que escrevi isto aqui. Achei um papel amassadinho em uma das minhas gavetas, sem data. Mas acho que foi por volta de 1995. É meio infantil mas resolvi publicar assim mesmo. É que tem tudo a ver com o que escrevi no texto anterior.
Sou uma frutinha lá no alto da mangueira!
Rosada, viçosa, saborosa!
E independente do tipo,
Se espada ou manga-rosa,
Mantém o sabor de origem.
Do alto da minha rama,
(E isso nem me dá vertigem!)
Nunca me esqueço de olhar
Pros galhos, pras folhas, flores...
E principalmente pro tronco !
E fundamentalmente pra raiz!
E por mais informações que me venham
Do meio, do meu ambiente
É a raiz que me nutre.
E é dela que tiro valores .
E me sinto até um abutre
Sugando este afeto forte
Que tem tanta profundidade!
Que tem história, memória!
Que tem herança genética!
E eu nesta busca frenética
Tentando fazer poemas
Me inspiro nesta raiz.
Que me ensinou, a seu tempo,
A ser dona do meu nariz.
E também, tudo a seu tempo,
Me ensinou a ser feliz!
Thais Rosa Bustamante