sábado, 1 de março de 2008

MANGUEIRA

Nem me lembro quando foi que escrevi isto aqui. Achei um papel amassadinho em uma das minhas gavetas, sem data. Mas acho que foi por volta de 1995. É meio infantil mas resolvi publicar assim mesmo. É que tem tudo a ver com o que escrevi no texto anterior.

Sou uma frutinha lá no alto da mangueira!
Rosada, viçosa, saborosa!
E independente do tipo,
Se espada ou manga-rosa,
Mantém o sabor de origem.
Do alto da minha rama,
(E isso nem me dá vertigem!)
Nunca me esqueço de olhar
Pros galhos, pras folhas, flores...
E principalmente pro tronco !
E fundamentalmente pra raiz!
E por mais informações que me venham
Do meio, do meu ambiente
É a raiz que me nutre.
E é dela que tiro valores .
E me sinto até um abutre
Sugando este afeto forte
Que tem tanta profundidade!
Que tem história, memória!
Que tem herança genética!
E eu nesta busca frenética
Tentando fazer poemas
Me inspiro nesta raiz.
Que me ensinou, a seu tempo,
A ser dona do meu nariz.
E também, tudo a seu tempo,
Me ensinou a ser feliz!

Thais Rosa Bustamante